Vejamos
agora algumas sugestões a serem analisadas para a educação:
Educação
Básica: criar o PROEPA, com a compra de vagas ociosas em escolas
particulares para ofertar aos alunos da esfera pública que obtiverem
os melhores índices de aproveitamento em exames nacionais;
Transporte
Público: isentar os estudantes de famílias com renda inferior a
quatro salários mínimos e menores de 21 anos, do pagamento de
transporte. Um cadastro nacional deve ser feito para emissão de um
cartão para cada estudante que se encaixe. A contra-partida deve ser
a assiduidade escolar e as notas. A compensação financeira às
empresas de ônibus deve vir da isenção de impostos federais para
combustíveis e peças de manutenção dos veículos;
Educação
Superior: o grande sonho de todo pai/mãe de família,
principalmente o que chega à Classe C, é ver os filhos formados na
faculdade ou profissionalizados. O PROUNI e o PRONATEC ajudaram muito
nisso, mas as universidades públicas ainda estão mais ao alcance
dos estudantes oriundos das escolas particulares e cursinhos por
conta da educação pública ainda ser muito fraca.
As
deficiências das esferas estadual e municipal na educação básica
podem ser compensadas com a oferta de cursinhos preparatórios para o
ENEM. O governo pode implantar esses cursinhos nas próprias escolas,
em horários noturnos, ou construir novos centros, semelhantes aos
galpões de exames médicos que sugerimos antes, talvez até anexos a
estes, para aproveitar mais os terrenos. Mais uma vez, a
administração e contratação deve ser privada, para tomada de
decisões mais rápidas;
Primeiro
Emprego: Os cursinhos gerariam empregos para os novos professores
formados, mas só isso não basta. O governo pode criar programas
educacionais e de atendimento para regiões desassistidas do país
que incluam a contratação temporária dos jovens que se formarem
nas universidades públicas. Tal medida vai realizar o próximo sonho
do pai/mãe de família que chega à Classe C, que é ver os filhos
trabalhando na profissão escolhida. A experiência nos programas vai
ser preciosa no futuro encaixe do novo profissional no mercado de
trabalho quando o serviço público terminar;
Educação
Especializada (pós, mestrado e doutorado): o governo deve
incentivar a abertura de mais cursos, fazer um PROUNI para mestrado e
doutorado, incentivar que esses cursos sejam sempre, ou tenham a
opção, de serem realizados no período noturno, pois os cursos
diúrnos excluem o trabalhador. As universidades federais devem ser
incentivadas a criar cursos de pós, mestrado e doutorado à
distância, com os devidos cuidados de qualidade, possibilitando a
especialização dos profissionais que moram mais longe e para
ampliar a oferta;
O
governo deve dar conhecimento, todos os meses, através dos sites,
aplicativos de notícias e dos jornais alternativos, dos recursos
liberados aos estados e municípios com destinação para a educação.
“Dar a César o que é de César” e mostrar quem é quem na
responsabilidade da educação.
Está
mais do que na hora de regulamentar logo todo o processo de
destinação dos recursos do Pré-Sal para educação. Esta é uma
fonte crescente de recursos capaz de financiar todas essas mudanças,
mas para isso deve ter sua destinação efetivamente funcionando.
Estas
medidas em relação à educação, se viáveis e implantadas,
democratizariam ainda mais a educação pública, ampliariam o acesso
à universidade e à especialização. Esta, por sua vez, permitiria
um incremento significativo na qualidade técnica dos serviços, na
pesquisa e na produção do conhecimento.
Também
aliviariam o bolso das famílias em relação aos gastos com educação
e esse dinheiro poderia ser canalizado para investimentos em outras
áreas do consumo diversificado na esfera de amplos interesses da
classe C. O país sai ganhando duplamente, mantendo o consumo em
alta.
Na
próxima semana trataremos da tomada de algumas bandeiras da direita.
Continua... Clique aqui.
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