segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

EM MEUS SONHOS, A PRESIDENTA DILMA DISCURSA...


O DISCURSO QUE A PRESIDENTA DILMA DEVERIA FAZER
(Ou ter feito, depende de quando você ler isto...)

Vamos fazer aqui um exercício de imaginação. Chegamos em casa e a programação é interrompida para um pronunciamento da Presidenta da República, Dilma Roussef. Vestindo aquele mesmo modelito da posse, ela se dirige à câmera. O que ela deveria dizer? Nos meus sonhos ela diz o seguinte:

Meus queridos brasileiros e brasileiras!
Venho à vossa presença hoje trazer esclarecimentos sobre a situação do nosso país, em especial sobre a crise que se abateu sobre o maior patrimônio empresarial do povo brasileiro que é a Petrobrás.
Nosso país está passando por alguns ajustes que foram necessários diante da crise internacional, que persiste. É um ajuste pequeno diante do que poderia ocorrer se a receita de outros países fosse adotada no Brasil. Vejam o que aconteceu na Grécia, por exemplo. Cortes de salários, de pensões, de aposentadorias, desemprego recorde e recessão.
Pesquise o índice de desemprego nos países mais ricos e compare com o nosso. Nossa taxa atual de desemprego é a menor da História. A quantidade de novos empregos diminuiu mas nosso governo gerou cerca de 5 milhões de novos postos de trabalho.
O teto de inflação jamais foi ultrapassado por nossos governos, do Presidente Lula e meu, desde 2004. O Presidente Lula recebeu o país com uma inflação de mais de 12% ao ano, e entregou para mim com 6,5%. Em 2014 a inflação foi de 6,41% no IPCA.
Vivemos o pleno emprego e as medidas do ajuste econômico vão permitir que a inflação siga sem ultrapassar o teto da meta. Mesmo que alguns preços tenham subido, por questões de clima, demanda e questões externas, tenho certeza que o pai e a mãe de família preferem pagar um pouco mais caro nos produtos, mantendo seu emprego, do que ver os preços caírem mas não poder comprar por estar desempregado ou ter seu salário reduzido.
Nosso ajuste não vai ser feito às custas do emprego e nem do salário do trabalhador. Também não vai ser feito às custas dos programas sociais que ajudaram 50 milhões de pessoas a sair da linha da miséria e da pobreza.
Meus queridos brasileiros e brasileiras!
Nos países mais desenvolvidos as investigações e os processos judiciais contra pessoas envolvidas em desvios de conduta são acontecimentos naturais, que ocorrem dentro da rotina legal estabelecida.
As denúncias são feitas, evidências e provas são colhidas, as pessoas são processadas, exercem o direito de se defender e, conforme o julgamento da Justiça, são condenadas ou absolvidas. O Poder Executivo não tem qualquer influência neste processo.
Assim deveria ser também em nosso país. Mas aqui, alguns políticos, com apoio de grande parte da imprensa, transformam tudo em uma crise que atrapalha o desenvolvimento do país, visando atender interesses inconfessáveis.
Essas pessoas acusam o governo pela corrupção da Petrobrás, e fazem isso com apoio de setores poderosos da imprensa, mas se esquecem que as pessoas que estão sendo acusadas de desvios estão na empresa desde o governo deles.
Esquecem de dizer que eles elevaram essas pessoas e que nós as demitimos, quando tivemos conhecimento dos malfeitos. Nós estamos corrigindo os erros que começaram no governo deles. Mas a parte mais poderosa da imprensa não noticia essas coisas.
Nós temos conhecimento que as denúncias da investigação dão conta de que vários partidos e políticos, teriam recebido recursos indevidos. Mas a parte mais poderosa da imprensa só fala do partido que está no governo. Chega um momento em que os brasileiros e brasileiras deveriam começar a se perguntar o motivo disso.
Eles querem acuar o governo e enfraquecer a Petrobrás porque querem vender a empresa e o Pré-Sal para grupos estrangeiros. Em 2010 o site Wikileaks divulgou e-mails entre brasileiros e membros de multinacionais do Petróleo, sugerindo que iriam mudar o modelo do Pré-Sal.
Nós construímos um modelo para o Pré-Sal em que empresas de fora podem ser sócias da Petrobrás, mas que uma parte considerável do óleo extraído pertence ao Brasil, mais os impostos. E esse dinheiro vai ser investido, obrigatoriamente, em saúde e educação. Porque a riqueza pertence aos brasileiros, assim como a Petrobrás. Mas essas pessoas, com apoio da parte poderosa da imprensa, não aceitam isso.
Trabalham todos os dias para enfraquecer a Petrobrás porque querem tomá-la das mãos dos brasileiros e entregá-la nas mãos dos estrangeiros, assim como fizeram com a Vale do Rio Doce. Em 1997 a Vale foi vendida por 3 bilhões, e tinha 700 milhões na conta, ou seja, 2,3 bilhões e algum tempo depois a empresa foi avaliada em mais de 40 bilhões. Percebem o tamanho dos interesses por trás de tudo isso?
Enquanto nós estivermos à frente do governo a Petrobrás vai continuar sendo do povo brasileiro. Nós prometemos que não iríamos deixar pedra sobre pedra e mantemos nossa promessa. Tudo e todos devem ser investigados, doa a quem doer, pelo bem da Petrobrás e o interesse do povo.
Só não podemos aceitar é que policiais federais atuem como cabos eleitorais de candidatos, que as investigações sejam vazadas para imprensa com intuito de prejudicar A ou B, e que o ordenamento jurídico constitucional seja violado, de modo que pedimos que os órgãos de controle atuem fortemente para manter a ordem e o Estado Democrático de Direito.
Nós vamos continuar fazendo nossa parte. Não haverá nenhuma interferência do governo nas investigações, mas esperamos que elas não sejam direcionadas apenas para um lado, mas para todos os envolvidos.
Quem for comprovadamente suspeito de algum equívoco ou desvio, será afastado e reconduzido depois, caso seja inocente. Se for culpado, que enfrente a Justiça. É assim que deve ocorrer naturalmente dentro dos países civilizados. Quem acusa tem obrigação de provar a acusação.
Para encerrar, peço seu apoio para a Reforma Política. Sem ela nosso país jamais ficará livre desses escândalos. Precisamos acabar com a influência do poder econômico nas eleições, para que a vontade do povo prevaleça e não o poder do dinheiro.
Continue apoiando e acreditando no Brasil. Não vamos dar espaço para que o ódio e a divisão prevaleçam entre nós. Nosso povo é forte, alegre, trabalhador e jamais desiste. Vamos manter nossa união, pois unidos somos invencíveis! Boa noite e muito obrigada!
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Quando a rede de rádio e TV se desfaz, eu acordo, feliz com o sonho e triste por ser um sonho. Pois ver esse governo se defender e fazer a batalha da comunicação tornou-se uma utopia.
Alô Sr. João Santana. As palavras acima estão ao dispor, ipsis literis, sem precisar mencionar autoria. Uma vez examinadas à luz da lei e dos impactos políticos, podem ser usadas à vontade. Alô! Tem alguém ai? Alô...
Veja acima, no botão Classe C-I, a série de textos em que apresentamos propostas e reflexões sobre o que o governo deve fazer para recompor sua base entre a Classe C, especialmente no Centro-Sul do país. Analise, comente, manifeste-se!

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